domingo, 11 de julho de 2010

Eu me sinto sozinha de novo, mas você ainda está aqui, não está?


Por que parece que você foi embora e só se esqueceu de apagar a luz? Por que você insiste em me negar atenção? Por que logo agora? Então é isso, eu vou continuar por aqui até você me dizer que é melhor eu ir para casa, até você me dizer que a nossa estrada chegou ao fim, que você só não quer mais. Aí vou descobrir se sou realmente melhor sem você – não acredito que seja. É de se estranhar que eu esteja com medo? Eu sei, eu sempre pareci ser tão forte, sempre fui tão segura de mim mesma, mas isso tudo é culpa sua! Sim, absolutamente, a culpa é toda sua! Sua porque você tem esses olhos que não me dizem nada, apenas me encantam, me paralisam, e eu não posso ver nem ouvir mais nada, tem algo de muito reluzente em você, algo que não sei ao certo o que é, mas eu simplesmente fico paralisada, eu não posso tirar meus olhos de você. Pode ser que só eu o veja assim, e então eu nunca sei se é real ou se estou imaginando/sonhando. Você anda cometendo uns erros tão bobos, uns erros pequenos, mas esses erros pequenos andam acabando comigo; eu nunca fui de me importar com essas coisinhas, mas é que eu acho que sinto por você algo muito maior do que deveria, acho que passei dos limites, que me esqueci de tomar cuidado; e é o modo como me trata, o modo como age, o modo como muda de comportamentos. É só isso, é como você está mudado desde que nos conhecemos, por que não me chama mais de amor? Por que não diz que me ama? Por que tem agido como se eu não estivesse aqui ou como se eu só não existisse? E por que após me tratar assim, você vem e me dá um beijo? Já é tarde eu já estou magoada, um beijo não vai concertar as coisas. Às vezes eu sinto como se você só viesse até mim quando não tem mais ninguem interessante pra conversar , às vezes acho que você está me esquecendo devagar, que não importa o que eu faça ou o que eu fale, sempre terá algo errado. É de se estranhar que eu esteja chorando? Não, não derramarei nenhuma lágrima na sua frente, não sei se quero que você me veja assim, despedaçada, não sei se você se orgulharia disso, então eu prefiro só fechar a porta do quarto. Eu tenho chorado cachoeiras, chorado até ficar sem ar, até não poder mais, mas é que eu não sei como começar, nem se deveria começar, eu não sei o que fazer agora. É que na verdade, geralmente, eu sei o que esperar das pessoas, eu reflito sobre todas as possibilidades existentes, penso em todos os jeitos de me defender, então não me magôo nunca; mas com você é diferente, com você eu nunca sei o que pensar ou falar, nunca sei o que esperar e é meio obvio que quando não se sabe com o que vai "lutar", também não se sabe como se defender, e é como caminhar no escuro. Daí toda vez que você fala ou faz algo, eu fico sem reação, fora de alcance, fico pensando em o que poderia dizer, mas não digo nada, tenho medo.Então é isso, eu sou medrosa demais para te dizer que ando mal, mas até quem mora a quilômetros de distância de mim, sem me ver, sem eu falar nada, sabe que ando mal, e você que me vê em tempo considerável, que é o grande culpado por eu estar como estou; você mesmo não consegue ver? Eu já tentei te falar, mas não dá, parece que você até sabe que vou fazer alguma reclamação e age de maneira encantadora, o que me faz mudar de idéia, o que me faz pensar cinqüenta milhões de vezes antes de falar qualquer vogal, o que me faz desistir de contar que meu coração anda sangrando.Hoje você falou em se mudar, em ir para longe, trabalhar longe, falou como se nada te prendesse aqui, talvez eu realmente não o prenda, não é? Não quero que vá, mas sei que embora eu diga isso, nunca poderei mudar o que vc decidir, eu sei que ainda não tem certeza, mas se você for embora mesmo, acabe com isso de uma vez, pare de alimentar o que está nascendo dentro do meu peito, não me faça sofrer agora. Eu só sei que não irei suportar tanto tempo, que já tem muita tristeza dentro de mim, eu só quero você de volta, do jeito que conheci, do jeito que era, do jeito que eu me apaixonei.

Às vezes acho que não vou agüentar...

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